Eles seguem-me, mas eu não faço puto de ideia para onde estou a ir...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Nunca me dei bem com as bebidas destiladas. Embriago-me facilmente apenas com um dedinho (deitado!) de vinho, como já me embriaguei loucamente de paixão, também de pura alegria de viver e de prazer ao ouvir ou dançar alguns ritmos frenéticos mais latinos. Também costumo ficar em total embriaguez em noites de lua cheia... não consigo dormir porque me aperta uma saudade de algo que vivi em tempos mais remotos! Devem ser um atavismo dos meus antepassados celtas. Talvez por isso também goste de serpentes, de dragões, de caldeirões, de brumas e de mar revolto.

De qualquer forma, é para mim uma honra e também uma grande responsabilidade saber que apreciam os meus escritos. Nunca tive vergonha de dizer o que sinto. Penso que ninguém deveria, porque é a mesma coisa que se envergonhar da própria identidade. Sou guiada pela intuição; nas raras vezes que não segui a minha voz interior "lixei-me". Mas também tenho facilidade para me perdoar e para seguir em frente sem olhar para trás (Levo a sério que, se olhar para trás, posso virar uma estátua de sal e não gosto nada de estátuas, muito menos de ficar parada). Não choro o leite derramado; não fico sentada à janela a chorar o queijo que acabou e a esperar que ele ressurja e venha apresentar-se a mim (faço aqui referência a "Quem mexeu no meu queijo", leitura interessante que me caiu nas mãos num dos muitos momentos complicados da minha vida).

Cada um de nós tem sempre que fazer escolhas na vida. E arcar com as consequências delas. Há quem nunca aprenda isso. Não lido bem com a decepção. Acredito sempre nas pessoas, na sua capacidade de amar e de se esforçar por ser cada vez melhor; (claro, confio na minha intuição - ela também me avisa quando a criatura não vale nada). E sei que ninguém é perfeito, que dentro de cada um de nós habita um anjo e um diabo. O meu diabo particular é feio que dói, cruel, impaciente, abominável; algumas pessoas têm (tinham??)o dom terrível de despertá-lo, e isso incomoda-me profundamente.

Sempre fui apaixonada pela mitologia grega. Gosto de Zeus, um deus dos deuses que se deixa seduzir pelos "atributos" femininos de uma Vénus bem feminina que usa a sedução para livrar o humano fraquinho que tanto "mexe" com ela dos perigos armados por outros deuses, deuses hipócritas e invejosos. Acabei "absorvendo" essa táctica venusiana diversas vezes na minha vida; numa delas correndo um sério risco, mais ou menos calculado. Quase me atropelei não fosse uma amiga de faca na bota que me ajudou, hoje seria bem diferente. Mas teria sido um "risco" daqueles, por sinal, hehe.

A eterna luta do Bem x Mal dentro de nós...

Isto leva-me a "A Arte da Guerra. Recomendo a leitura. Aprendi muuuito. Abriu-me um mundo de possibilidades. Pus à prova algumas das idéias e... funcionou!!! Continua a funcionar. Há nele uma norma espetacular: a boa guerra é aquela em que não há "baixas" - ou seja, ninguém precisa morrer ou sair ferido da guerra. A guerra ideal é aquela em que vence o melhor estratéga.

"O segredo da felicidade e o cúmulo da arte é viver como todo mundo e ser como ninguém". (Simone de Beauvoir)

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